sábado, 30 de outubro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO N° 352


1) BAD CHOPPER – REAL BAD TIME
2) AT THE DRIVE-IN – ONE ARMED SCISSOR
3) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
4) BIDÊ OU BALDE – MESMO QUE MUDE
5) CACHORRO GRANDE – LUNÁTICO
6) CLAP YOUR HAND SAY YEAH – OVER AND OVER AGAIN

7) COPACABANA CLUB – JUST DO IT
8) CORAL – IN THE MORNING
9) DIEDRIECH & OS MARLENES – DOS AMORES MAIS VENDIDOS
10) EL MATO A UM POLICIA MOTORIZADO – CHICA RUTERA
11) FOO FIGHTERS – NEXT YEAR
12) BADLY DRAWN BOY – SILENT SIGH
13) TEQUILA BABY – CHOVENDO CORAÇÕES PELA CIDADE

14) T. REX – BANG A BONG
15) THE HIVES – IT WON’T BE LONG
16) VANGUART – COSMONAUTA
17) VOLVER – TÃO PERTO, TÃO CERTO
18) WANDER WILDNER – EU NÃO CONSIGO SER ALEGRE O TEMPO INTEIRO
19) HOLGER – THE AUCTION
20) THE GOSSIP – LOVE LONG DISTANCE

21) INTERPOL – CMERE
22) THE KILLERS – CHANGE YOUR MIND
23) SUPERGUIDIS – ROMANTISMO A BASA DA MODERNIDADE
24) RAUL SEIXAS – OURO DE TOLO
25) PELEBRÓI NÃO SEI – GOODBYE
26) AMY MCDONALD – THIS IS THE LIFE
27) ARCTIC MONKEYS – WHEN THE SUN GOES DOWN
28) R.E.M. – IT'S THE END OF THE WORLD AS WE KNOW IT

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ronnie Wood sai da sombra dos Rolling Stones em seu 7º CD solo


Por THALES DE MENEZES

Ronnie Wood é um roqueiro das antigas. Tem 63 anos, os últimos 35 com os Rolling Stones. Depois de um tempo em que mais apareceu nas revistas de fofocas com namoradas décadas mais novas do que tocando suas guitarras, ele está de volta com um disco roqueiro... das antigas.

"I Feel Like Playing", seu sétimo solo de estúdio, traz riffs acelerados, tão rasgados quanto a voz esganiçada do ótimo guitarrista e cantor razoável, e convidados especiais da pesada, como Slash (ex-Guns N' Roses) e Flea (Red Hot Chili Peppers).

O álbum serve para mostrar como a passagem do Faces para os Stones, em 1975, sepultou o talento de Wood. Quando Rod Stewart, seu parceiro desde os anos 1960 no Jeff Beck Group, trocou o Faces por sua milionária carreira solo, ele se sentiu perdido e aceitou rapidinho o convite do chapa Keith Richards.

Ser Stone era um sonho, mas o monopólio das composições de Jagger e Richards inibiu Wood, que se limitou a tocar e encher a cara (e o bolso). Jeff Beck, ferino, disse que "Ronnie pegou o melhor emprego do mundo, mas vendeu a alma ao diabo".

Faz sentido. Seu disco solo mais interessante ainda é o primeiro, "I Got My Own Álbum to Do" (1974), antes de virar Stone. O mais recente, "Not for Beginners", de 2002, derrapou no repertório fraco. "I Feel Like Playing" resgata Wood para a nova geração.

Ali tem blues, soul, baladinha, até um pouco de reggae, mas é, na essência, um disco de rock sujo, de banda de boteco. Suas 12 faixas formam uma declaração de fidelidade à estrada do rock.

I FEEL LIKE PLAYING
ARTISTA Ronnie Wood
LANÇAMENTO ST2
QUANTO R$ 26, em média
AVALIAÇÃO bom

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/821952-ronnie-wood-sai-da-sombra-dos-rolling-stones-em-seu-setimo-cd-solo.shtml

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Justin Bieber e a lição do ídolo que mais odiei


Por ANDRÉ FORASTIERI

Jovem, famoso, bonito, rebolativo, desejado pelas garotas de sexta série, odiado por todos os meninos da classe. Justin Bieber? Não, Peter Frampton.

Peter, aos 26 anos, tinha dez anos de carreira quando se tornou o homem mais desejado pelas adolescentes do planeta, e de Piracicaba, meu mundo. Era 1976. Ouvindo hoje, até que as músicas eram bem boas. Seu rostinho pálido, peito peludo e cachinhos dourados eram melhores.

Peter Frampton: uma diva pré-rafaelita com calças boca-de-sino. Frampton Comes Alive, o álbum duplo, era presença obrigatória em todas as festinhas, na hora da lenta. Eu tinha blusa cacharel cor de vinho e camiseta Lighthing Bolt, mas morria de vergonha de tirar as meninas para dançar.

As revistas publicavam fotos de Peter de todo jeito. Paparazzi o seguiam pelo mundo afora. Todas as imagens viravam colagens nos cadernos das menininhas, nas pranchetas, nos armários. Nós nos doíamos de inveja. Bicha com certeza, rosnávamos.

Não sabíamos dos quinze anos de currículo de Frampton, de seus cinco discos com o Humble Pie, de seus créditos em All Things Must Pass, o único álbum de George Harrison que todo mundo deve ter. E quem sabia? Não perdoava também.

Os irmãos mais velhos dos meus amigos - que, aos 15 anos, já nos pareciam velhos vividos e gurus do rock - estavam em outras: rock pauleira, Deep Purple, Kiss; rock progressivo, Genesis, Yes. Isso em casa.

Nas brincadeiras dançantes (!), no clube Coronel Barbosa, a discoteca imperava soberana, e se dava bem quem usasse camisa havaiana e soubesse dançar. John Travolta? Embalos de Sábado à Noite? Só um ano depois.

Frampton não tinha perdão para os machos, e não tinha defeito para as meninas. Estou em você, sussurrava nos ouvidinhos das garotas, você está em mim.

E depois? Logo depois de Peter veio Leif Garrett, ainda mais bonito, zero de talento. Hoje é a vez de Justin Bieber. Entre eles Jon Bon Jovi, Duran Duran, e outros talentosos, que ficaram. E New Kids on The Block, Backstreet Boys, N'Sync, Hanson, Zac Efron, tantos outros.

É normal que os garotos adolescentes gritem revoltados: Justin Bieber é um viadinho e a música dele é uma porcaria! Eu estava lá em 1976. Falava a mesma coisa. Algumas coisas nunca mudam. Ídolos adolescentes, por exemplo, e seu efeito em garotos e garotas.

Entre Frampton e Bieber foram muitos ídolos, uns talentosos, outros não; uns construíram carreiras, outros se foram rapidamente. Mas mesmo estes estão nas memórias das meninas e meninos que os amaram e odiaram.

Para as meninas, eles foram a primeira paixão e o primeiro tesão, amor perfeito e êxtase sem risco, o príncipe encantado, delicado, andrógino, ideal - porque impossível. Para os meninos, tudo que eles não seriam jamais.

E Peter Frampton? Bateu todos os recordes e queimou rápido como uma estrela cadente. Ainda toca por aí, carequinha, a cara do Paulo Coelho, melhor músico que nunca.

Neste 2010, lançou seu 14º disco solo, abriu para o Yes em uma excursão americana, tocou semanas atrás em São Paulo. Vive de glórias passadas - quem não aos 60 anos, ou mesmo aos 40? Mas vive, e manda bem.

Que Justin Bieber possa ter tanto talento e fãs tão devotados quando for coroa e feioso.

Eu? Nunca serei fã de Peter Frampton. Só eu sei o mal que ele me fez aos doze anos. Mas já o perdoei faz tempo. Foi quando ele atirou pela janela os cachinhos, a pose de gatinho, e uma fortuna.

Lição para os jovens, ídolos ou não: o sucesso tem suas regras. Mas chega uma hora na vida que você tem que quebrar todas as regras.

--
FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/10/28/justin-bieber-e-a-licao-do-idolo-que-mais-odiei/

Renato Russo e a Legião Urbana: uma outra estação


“Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo
A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber
Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!”


Ouvir rádio hoje em dia é um horror. Músicas ruins e artistas panacas tomaram conta das paradas das rádios que, apesar de todas dizerem ser melhores que as outras, são praticamente todas iguais. Eu tenho saudade de quando eu era moleque, lá em meados dos anos 80, quando comecei a formar meu gosto musical. Gostava de praticamente tudo, mas principalmente de rock nacional, e foi por esse caminho que eu segui.

Rock na metade da década de 80 era igual sertanejo universitário hoje em dia. Era o som das massas! Tava nas rádios, tava nos programa de TV. Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Camisa de Vênus, Engenheiros do Havaii, Ira! estavam entre as minhas bandas preferidas. Época em que eles tocavam com guitarras a mil, sem essa frescura de acústico que acabou ressuscitando todas elas nos anos 2000.

"Todo adulto tem inveja, todo adulto tem inveja
Todo adulto tem inveja dos mais jovens
A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está"


Mas nunca, nem naquela época e nem depois, dei muita bola pra maior banda de rock do Brasil em todos os tempos: a Legião Urbana. Gostava de ouvir, por exemplo, “Angra dos Reis”, tanto que lembro até hoje quando vi o clipe pela primeira vez no programa Globo de Ouro, no domingo a tarde, esperando os Trapalhões começarem. Isso foi há quase 25 anos!!! Mas, resumindo, Legião Urbana não bateu na orelha como as outras bandas. Prova disso é que só tenho cinco eu seis discos deles em casa...

Mas, tenho um respeito imenso pela banda, em especial por Renato Russo. Não só por causa daqueles papos de que ela era sensível, falava a linguagem dos jovens e tudo mais... Respeito ele porque, diferente da maioria dos artistas de hoje e também daquela época, ele nunca esqueceu que antes do Renato Russo existia o Renato Manfredini Júnior, nome verdadeiro do cantor. Ali, havia uma pessoa, com sentimentos, alguém que não jogava a favor da torcida. Não falava pra agradar os outros. Pelo contrário, ia contra a multidão, fazia valer o que ele pensava...

“Eu não sei, eu não sei
Dizem que eu não sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!”


Gay, drogado, alcoólatra, depressivo, inteligente e provocador ao extremo. Com um currículo desses, se fosse nos dias de hoje Renato Russo não teria lugar no cenário da música brasileria. Porque hoje tem que ser tudo muito politicamente correto, tudo muito limpinho, a música tem que ser inofensiva e os artistas são proibidos de pensar... Isso é deprimente.

Por isso, a notícia que toda a discografia da Legião Urbana está sendo relançada em vinil e em CD me deixa contente. De repente, a molecada de hoje presta atenção em alguma coisa e percebe que pode existir vida inteligente na música brasileira, que música ajuda a crescer, que música ajuda pensar... Acho que já chega de só cantarolar os sucessos ocos de significados que imperam na música brasileira hoje...

“E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças”(*)


--
(*) Letra de “Aloha”, do disco “A Tempestade”, lançado em 1996, dias depois da morte de Renato Russo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Foo Fighters lançará disco e deve fazer turnê em 2011


Após três anos sem lançar um álbum novo, a banda Foo Fighters anunciou na última segunda-feira que seu novo disco, ainda sem título, está quase pronto, mas não tem data de lançamento. O último álbum da banda é "Echoes, Silence, Patience & Grace", lançado em 2007.

Em entrevista ao programa de Zane Lowe na Radio 1 da BBC, o vocalista Dave Grohl disse que a banda também tem planos de fazer uma turnê no ano que vem.

"Estivemos o mês passado inteiro na minha garagem, gravando de um jeito bem 'old school', sem nada digital", disse Grohl. "Os últimos dois anos e meio foram bem divertidos, mas eu sentia falta de estar no Foo Fighters", disse o músico, que lançou um disco com a banda Them Crooked Vultures.

Grohl contou ainda que a banda já está com dois shows marcados para o dia 2 e 3 de julho em Buckinghamshire, na Inglaterra, mas diz que pensou que seu agente estava louco quando sugeriu marcar os dois primeiros shows da banda em anos em um estádio.

"Mas aí pensamos 'por que não?'. Eu já sei como o disco vai soar e mal posso esperar até que as outras pessoas o escutem. Os fãs de Foo Fighters vão surtar, sinceramente, porque é demais", disse Grohl, afirmando em seguida que o disco é o mais pesado da carreira da banda e o único que não tem músicas com violão.

O álbum está sendo produzido por Butch Vig, que também produziu o consagrado álbum "Nevermind", do Nirvana, em que Grohl era baterista. Por falar na banda, Grohl revelou ainda que o álbum tem uma participação especial do ex-baixista do Nirvana, Krist Novoselic.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/820455-foo-fighters-lancara-disco-e-deve-fazer-turne-em-2011.shtml

Coletânea reúne faixas raras dos primórdios lisérgicos do rock brasileiro


Por MARCUS PRETO

A bateria é quase sempre acelerada. Os vocais variam entre o etéreo e o esganiçado. O som das guitarras é distorcido. As letras, escritas sob puro delírio surrealista.

Primeiro lançamento do selo americano Tropicalia in Furs, a coletânea "Brazilian Guitar Fuzz Bananas" recolhe, em CD simples ou vinil duplo, 16 faixas da fase mais psicodélica do rock nacional.

Raríssimo, o material é uma espécie de elo perdido da nossa história musical. Jamais foi reeditado por aqui. E, ironicamente, volta à tona em edição estrangeira.

As gravações foram feitas entre 1967 e 1976 e editadas originalmente em compactos. Já pelos nomes das bandas selecionadas --Loyce e os Gnomos e Tony e o Som Colorido, por exemplo-- pode-se ter ideia do teor lisérgico do som que faziam.

Os títulos das músicas dão mais pistas: "LSD - Lindo Sonho Delirante", "As Turbinas Estão Ligadas", "Som Imaginário de Jimi Hendrix" etc.

A garimpagem de todo esse material foi feita pelo brasileiro Joel Stone, 38. Paulista, ele se mudou para Nova York há 12 anos e hoje é dono da loja de discos Tropicalia in Furs, no East Village.

Joel conta que passou cerca de 4 anos para conseguir todos esses compactos. Em barganhas, chegou a trocar um único disco por 300 LPs americanos de funk e soul.

"Depois que consegui todos, fiz uma pesquisa sobre cada um e descobri que quase ninguém conhecia o que eu tinha, incluindo colecionadores", diz. "A partir daí, o que eu estava fazendo começou a fazer sentido."

Como não conseguiu localizar todos os envolvidos nas gravações, Joel fez um esquema de "caderneta de poupança", em que reserva direitos autorais dos artistas que não foram encontrados.

LSD

"Lindo sonho delirante, hoje eu quero viajar, yeah, yeah/ Onde está o meu castelo?/ Meu tapete voador?"

Parceira do cantor Fábio e do produtor musical Carlos Imperial, a faixa "Lindo Sonho Delirante" simboliza o que Joel quis reunir no disco.

A música rouba a ideia de "Lucy in the Sky with Diamonds", dos Beatles, em que as iniciais do título resultam no termo LSD, o ácido mais famoso daquela geração.

"O pessoal do rock gostava dos alucinógenos", diz o cantor Tony Bizarro, 62, que está no disco com a faixa "O Carona". "A gente, do soul, preferia um 'baurets' [maconha], só queria fumar unzinho."

"Tomava LSD quem queria se libertar", emenda o roqueiro Serguei (

), 76, intérprete da malucona "Ouriço".

"Hoje em dia, as bandas de rock não estão atendendo nesse sentido. Os beatniks de agora são os emos", diz. "A revolução que a gente fez, da qual sou um dos únicos que restam, era outra coisa."

Músico ligado ao jazz, Célio Balona caiu na bacia dos psicodélicos por acaso. Seu "Tema de Batman" era uma brincadeira para os filhos.

Disse aos meninos que era amigo do personagem dos quadrinhos e, para provar, criou sua própria versão para a música que tocava na série de TV --que soa um tanto lisérgica aos ouvidos adultos.

"Fiz as vozes todas, os arranjos, interpretei o Batman e os marcianos", lembra.

Intérprete de "Cinturão de Fogo", Marisa Rossi, 60, afirma que foi a chegada de Roberto Carlos que modificou a relação dos músicos com a psicodelia. "Quando ele veio com a jovem guarda, a coisa amenizou. Era bom menino e não queria falar de drogas."

BRAZILIAN GUITAR FUZZ BANANAS
ARTISTA vários
LANÇAMENTO Tropicalia in Furs
QUANTO US$ 18,98 + taxas na loja virtual Amazon

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/820102-coletanea-reune-faixas-raras-dos-primordios-lisergicos-do-rock-brasileiro.shtml

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Keith Richards é cortado do elenco de Piratas do Caribe 4


Quando a quarta edição de "Piratas do Caribe: No Stranger Tides" for lançada, em maio de 2011, ficará faltando uma participação especial muito notável: o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards.

Segundo fontes ouvidas pelo "Daily Mail", o alto comando da Disney se incomodou com o recém-lançado livro de memórias do músico, "Life", um livro que narra os episódios de Richards com drogas e sua briga com o vocalista dos Stones, Mick Jagger. Richards interpretou o Capitão Teague, pai do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) no último filme da franquia, "Piratas do Caribe - No Fim do Mundo" (2007).

Nas páginas do livro, Keith fala sobre o vício e argumenta que, usadas com moderação, as drogas fazem bem à saúde, além de explicar de uma forma segura como se drogar. O músico também diz que atribuiu a sua sobrevivência às drogas pela maneira como ele consumia, em quantidades moderadas.

Ele diz na obra: "Não é só a alta qualidade das drogas que eu tinha que eu atribuo a minha sobrevivência. Eu era muito meticuloso sobre o quanto eu usava. Eu nunca exagerei para ficar um pouco mais 'louco'. É como a maioria das pessoas se ferra com as drogas".

"Piratas" é dirigido por Rob Marshall e além de Johnny Depp, o filme terá participações de Geoffrey Rush e Penélope Cruz.

O filme tem previsão de lançamento no Brasil para o dia 13 de maio de 2011.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/819965-keith-richards-e-cortado-do-elenco-de-piratas-do-caribe-4.shtml

Riam: novo clipe do Fábio Elias!!!

"Ela vai sair do corpo"

http://www.youtube.com/watch?v=XvARDfyumR4

domingo, 24 de outubro de 2010

Coletâneas "Vermelho" e "Azul" dos Beatles são remasterizadas


As coletâneas "Vermelho" (1962-1966) e "Azul" (1967-1970), utilizadas como porta de acesso ao universo dos Beatles por várias gerações de fãs, acabam de ser lançadas com som remasterizado em uma edição que inclui novo material gráfico e literário.

"A música dessas coleções mudaram totalmente", proclama o escritor americano Bill Flanagan nas notas que acompanham a nova edição destes álbuns duplos, que saíram à venda pela primeira vez em 1973, e que incluem algumas fotos inéditas do grupo.

O lançamento complementa a reedição de álbuns originais dos Beatles feita há um ano e coloca as coletâneas na mesma altura do espetacular som alcançado por esse projeto de remasterização da obra do grupo.

Os dois álbuns duplos foram publicados originalmente com os títulos oficiais de "The Beatles/1962-1966" e "The Beatles/1967-1970", mas rapidamente passaram a ser chamados pelos fãs de "Vermelho" e "Azul", devido às cores das capas, como havia ocorrido anteriormente com o "Álbum Branco".

As coletâneas correspondem aos dois períodos nos quais se divide a obra do grupo de Liverpool e vão além de uma simples sucessão de "singles", por isso servem há quatro décadas como uma introdução à música do quarteto.

A capa do "Vermelho" resgata uma foto do grupo na sacada da sede londrina da EMI em 1963.

Quando as coletâneas foram colocadas à venda pela primeira vez, os quatro beatles já estavam todos em carreira solo.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/819215-coletaneas-vermelho-e-azul-dos-beatles-sao-remasterizadas.shtml

sábado, 23 de outubro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO Nº 351


1) AC/DC – ROCK AND ROLL TRAIN
2) FORGOTTEN BOYS – QUINTA-FEIRA
3) TEQUILA BABY - 51
4) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
5) SUPERGRASS – BAD BLOOD
6) FOO FIGHTERS – BREAKOUT
7) PELEBRÓI NÃO SEI – SÁDICA E A ROSA

8) PARAFERNÁLIAS – O CHÁ
9) CACHORRO GRANDE – O QUE VOCÊ TEM
10) GREEN DAY – SHE
11) YEAH YEAH YEAHS – DATE WITH THE NIGHT
12) IGGY POP – LITTLE KNOW IT ALL
13) SABONETES – DESCONTROLADA
14) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
15) MATANZA – O CHAMADO DO BAR (AO VIVO)

16) DAVID BOWIE – CHANGES
17) ROLLING STONES – SLIPPING AWAY
18) JÚPITER MAÇÃ – BEATLE GEORGE
19) FAICHECLERES – ISSO NÃO É TÃO MAL ASSIM
20) CASA DAS MÁQUINAS – VOU MORAR NO AR
21) ECHO AND THE BUNNYMEN – THE KILLING MOON
22) EVERCLEAR – I WILL BUY YOU A NEW LIFE

23) STROKES – YOU ONLY LIVE ONCE
24) JOEY RAMONE – WHAT A WONDERFUL WORLD
25) PATO FU – SOBRE O TEMPO
26) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
27) KINGS OF LEON – TRUE LOVE WAYS
28) BRANDON FLOWERS – CROSSFIRE
29) BUILT TO SPILL - ELSE

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Danger Mouse produzirá novo álbum do U2


Mais novidades a respeito do próximo trabalho do U2. Depois que o empresário do quarteto anunciou que o grupo pretende lançá-lo no começo de 2011, foi revelado que Danger Mouse (Gnarls Barkley) será responsável pela produção do disco. Quem divulgou as informações foi o próprio Bono, líder da banda irlandesa, em entrevista para o jornal The Age, publicada na última quinta, 21."Temos 12 faixas com ele [Danger Mouse]", contou.

E mais: este não é o único trabalho ao qual o U2 está se dedicando no momento. De acordo com o Bono, o grupo também trabalha em um disco composto de faixas "de balada" com a participação de Will.i.am (Black Eyed Peas), RedOne e David Guetta. "Os remixes do U2 nos anos 90 eram um verdadeiro tesouro. Então, queríamos fazer um disco como sonoridade de balada. Já temos uma pilha de músicas", comentou ainda.

Ele também confirmou a intenção de lançar um terceiro álbum com as canções que foram feitas para integrar a trilha de Spider-Man: Turn Off the Dark por ele e pelo guitarrista The Edge, mas explica que, para isso, eles ainda precisam convencer o resto da banda primeiro.

FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/danger-mouse-ira-produzir-novo-album-do-u2/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Álbuns de estúdio da Legião Urbana ganham reedição de luxo em CD e vinil


Por MARCUS PRETO

"A Legião Urbana é os Beatles do Brasil." Quem afirma é Jorge Lopes, diretor comercial da EMI Music nacional e um dos responsáveis pelo ambicioso projeto de reedições de oito álbuns da banda de Renato Russo (1960-1996).

Previsto para chegar às lojas na próxima semana, o pacote foi inspirado em produto desenvolvido no ano passado pela EMI internacional, que reempacotava em caixa de luxo a discografia da mitológica banda inglesa.

Aqui, os oito álbuns de estúdio da Legião --incluindo o póstumo "Uma Outra Estação" (1997), lançado um ano após a morte de Russo-- ganham novas edições em três formatos: caixa com todos os volumes, CDs avulsos e vinil.

Tanto "Uma Outra Estação" quanto "A Tempestade" (1996), vale lembrar, foram lançados originalmente já na era do CD. Esta é, portanto, a primeira versão de ambos em LP. A longa duração desses álbuns fez com que, em vinil, eles tivessem de ser divididos em dois volumes, encartados na mesma capa dupla.

Ficaram de fora os discos ao vivo --como "Música p/ Acampamentos" (1992) e "Acústico MTV" (1999).

CATÁLOGO ATIVO

Desde que foram lançados originalmente, entre 1985 e 1997, esses discos nunca saíram de catálogo. Mantiveram-se todo o tempo disponíveis nas prateleiras das lojas, em reedições contínuas.

Segundo dados oficiais da gravadora, o combo Legião Urbana + Renato Russo solo já vendeu 14 milhões de cópias (entre os LPs originais dos primeiros anos até as muitas reedições em CD) até hoje, contando.

Lopes afirma que, mesmo sem qualquer movimentação de marketing, os discos da banda e do cantor solo, somados, mantêm a média constante de 250 mil unidades vendidas por ano.

É o que a indústria chama de "catálogo ativo".

Por isso o relançamento de agora mereceu um ano e meio de negociações e pesquisa, além de investimento que ele avalia em R$ 300 mil.

O preço sugerido para as edições em vinil são bem salgados. Os álbuns simples vão custar entre R$ 120 e R$ 140. Os duplos, R$ 190. Há público para produto tão caro?

"Olhando do ponto de vista de mercado, é um nicho", diz Lopes. "Não esperamos rentabilidade maravilhosa [originada dos LPs], mas quisemos pensar nesse estoque para um ano e meio. Vai ser uma venda lenta e gradual."

Lopes afirma que, graças ao relançamento da Legião, há lojas improvisando espaços para abrigar o vinil. E aposta que a banda está apta para "abrir as portas" para esse mercado específico.

Dependendo da resposta do consumidor, a gravadora pretende lançar mais artistas em esquema parecido. Inclusive o próprio Renato Russo.

URBANA LEGIO OMNIA VINCIT
ARTISTA Legião Urbana
LANÇAMENTO EMI Music
QUANTO R$ 350 (caixa com oito CDs); R$ 29,90 (CDs avulsos); de R$ 120 a R$ 140 (vinis simples); R$ 190 (vinis duplos)

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/817141-albuns-de-estudio-da-legiao-urbana-ganham-reedicao-de-luxo-em-cd-e-vinil.shtml

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meu candidato a presidente: Nick Kent


Por ANDRÉ BARCINSKI

Há algumas semanas, listei aqui meus 10 livros prediletos sobre música. Agora posso incluir mais um na lista: “Apathy for the Devil – a 70s Memoir”, de Nick Kent.

Kent é, junto com Nick Tosches, meu escritor predileto quando o assunto é rock. Ele é o verdadeiro gonzo do jornalismo musical, um sujeito que chafurdou na lama junto com os piores e mais dementes kamikazes do rock. Pra mim, ele é mais importanter e influente que muitos dos músicos sobre os quais ele escreveu.

Kent dividiu agulhas com Iggy Pop e Lou Reed, carreiras com Keith Richards, bebeu com Lester Bangs, cheirou anfetamina com Lemmy, dividiu groupies com o Led Zeppelin, noivou Crissie Hynde, foi espancado por Sid Vicious e quase chegou a ser um Sex Pistol. Mas não só sobreviveu para contar as histórias, como ainda as relatou com um estilo direto e envolvente, que jogava o leitor no meio da ação.

Acho que eu gosto de Kent, principalmente, por ele ser um incrível repórter.

Curto muito as divagações teóricas de cabeçudos da crítica musical como Greil Marcus ou Simon Reynolds, mas o que me emociona mesmo são as reportagens e os perfis de gente que admiro.

E ninguém – ninguém – escreveu tantos perfis reveladores e chocantes sobre meus ídolos do que Nick Kent.

Se não fosse por ele, talvez Nick Drake, Syd Barrett e Brian Wilson não fossem tão incensados hoje. Foram artigos que Kent escreveu sobre esses malditos, nos anos 70, que impulsionaram uma onda de reavaliação de suas obras.

É preciso lembrar que o conceito revisionista de “rock clássico” não existia na década de 70. Barrett estava morando com a mãe, esquecido, e Brian Wilson era visto como um demente patológico.

Como diz o próprio Kent no livro: “em 1974, eu descobri a minha voz como escritor. Antes disso, eu era um ‘wannabe’, simplesmente encarnando as diferentes influências literárias que me atiçavam – Bangs, Capote, Wilde, Wolfe (...) mas então, passei a adotar uma perspectiva diferente dos meus companheiros de jornalismo musical. Todo mundo parecia estar escrevendo sobre a ‘idéia’ do rock, como se ele fosse algum conceito abstrato (...) a minha perspectiva era o extremo oposto. Eu não estava escrevendo sobre rock como uma idéia, mas como uma realidade de carne e osso – pessoas surreais vivendo vidas surreais. Escrever sobre rock é um ato que se torna transcendente quando o autor está lá, no meio da ação, mas isolado o suficiente para entender suas possíveis conseqüências”. Gênio.

“Apathy for the Devil” relata os anos 70 na visão de Nick Kent. Foi a década em que ele, menino magro e tímido, tornou-se o dândi da crítica musical no mundo, capaz de acompanhar Iggy pop numa maratona de drogas e excessos, só para voltar para casa e escrever como Hunter Thompson.

“The Dark Stuff”, coletânea de perfis clássicos de Kent – Sid Vicious, Kurt Cobain, Brian Wilson, Syd Barrett – é, até hoje, o “Dom Quixote” da crítica de rock. Não existe nada igual.

Com “Apathy for the Devil”, Kent adiciona na história um personagem tão interessante e complexo quanto esses: ele mesmo.

Parte relato confessional, parte análise da cena musical dos anos 70 por quem a viveu por dentro, o livro já é um clássico. Torço muito para que algum iluminado lance em Português – junto com “The Dark Stuff”.

FONTE:
http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/

Baixe o primeiro single da banda Trem Fantasma


Faixas:

1. De Fato
2. Não Vai Mais Fazer
3. Sua Otária


LINK:
http://www.4shared.com/get/LmJy2AyQ/Trem_Fantasma_-_Trama_Records_.html


Curitiba é mesmo um lugar excessivamente singular. Sob as frias nuvens que fazem gotejar a espessa crosta cinzenta que costumava cobrir nosso céu, as mais diferentes e interessantes manifestações culturais se formam e moldam-se ao cenário que a cerca. Nos trilhos quase esquecidos desta cidade, surge mais um prova da força musical desta cidade: viajando com o Trem Fantasma, apenas uma garantia é certa, a de uma memorável diversão.

Com certeza, verbalizar em canções próprias influências de peso, como Cream, Mutantes, Led Zeppelin e Hendrix é uma tarefa dificílima, ainda mais quando a formação do grupo postra-se como power trio. No entanto, Leonardo Montenegro, Rayman Juk e Yuri Vasselai tiram de letra esta aparente dificuldade.

A banda surgiu do encerramento das atividades do quarteto Os Delirantes. Talvez pela origem compacta, o Trem Fantasma tenha preferido manter-se em número reduzido para assegurar a produção de um som forte e bem construído. Ao menos, essa é impressão que transpassa as três canções registradas pela banda e disponibilizada pela Trama Virtual, que o Rock Pensante tem, hoje, o prazer e a honra de evidenciar.

Ambas as canções nos transportam para o universo curioso e particular criado pelo psicodelismo e pelo hard rock no final dos anos 60 / início da década de 70. Pitadas de Pink Floyd associada ao riff tipicamente inspirado em Jimmy Page abrem este registro, com a canção "De Fato". Do mesmo modo, a letra incisiva proferida por Leonardo entrelaça-se corretamente às linhas de guitarras executadas também sob seu comando. Como se estivesse a marcar passo, Yuri oferece uma interessante levada de bateria, que molda a música e faz com que ela não se perca nas experimentações da banda. Assim como suas maiores referências, o Trem Fantasma sabe muito bem brincar com o ritmo e alterar os compassos que compõe uma mesma trilha. "De Fato" é uma deliciosa prova disso que, durante seu desenvolver, oferece diversas paisagens ao ouvinte, em especial destaque para a que se encarrega a encerrá-la.

A canção seguinte vem a mostrar uma outra faceta do grupo, que trabalha bem a construção de linhas melódicas combinadas com efeitos em wah wah. Outro destaque em "Não Vai Mais Fazer" são os backing vocals, que muito bem encaixados auxiliam na construção e desenvolvimento da canção.

Outro ponto alto desta mesma canção é percebido desde o seu início até o seu fim, representado pela base consistente das quatro cordas de Rayman, que sustenta o terrenos para Leonardo e Yuri brincarem sabiamente com o andamento e velocidade desta faixa. A música nos envolve e nos empolga: é como se pudessemos voltar no tempo e ouvir de modo intimamente próximo a execução de "Disraeli Gears".

Mas os méritos mesmo merecem ser direcionados para "Sua Otária", que encerra esta breve compilação do Trem Fantasma. A letra embriagada trafega ansiosamente pelo universo criado pela banda, que certamente buscou em Jimi Hendrix Experience a receita para fomentar a base da canção, que agrega o blues às manifestações do progressive rock, sem desabonar em nenhum momento nem um, nem outro. Via de regra, misturar estilos diametralmente opostos em uma canção é para poucos: e esses três guris integram com facilidade este rol seleto.

A banda já possui um currículo invejável, acumulando apresentações no mini auditório do Teatro Guaíra, no festival Psicodália, partilhando o palco com nomes como Blindagem, Terreno Baldio e, vejam só, Os Mutantes. Para 2010 é esperada a composição de novas canções e novas gravações, que abrirão ainda mais o estilo e sonoridade da banda, que como qualquer grupo que valha a pena ser ouvido, não traz em si uma única rotulação. Com alertamos ante, viajar com o Trem Fantasma é certeza de diversão.

Cheers!!!

FONTE:
http://rockpensante.blogspot.com/2010/03/2008-2010-trem-fantasma.html

As rádios apoiam a música paranaense?


Por Luiz Cláudio Oliveira

Na semana passada fiz a seguinte observação em meio a notícias so­­bre lançamentos de CDs de bandas paranaenses: “E as rádios de Curitiba insistem em não tocar música paranaense e uma das desculpas é a de que não teria produção suficiente.” O radialista, ator e músico Mauro Mueller não gostou e me mandou extensa correspondência. Publico aqui na íntegra. Após, vem uma pequena resposta minha e mais um grande texto de um segundo e-mail do Mauro. Foi lançada a discussão. Com a palavra, os músicos e os radialistas.

Começa por Mauro Mueller:

Paulo Camargo e Luiz Claudio:

Tenho 28 anos de rádio, 19 de televisão, toco em bandas desde os meus 11 anos de idade, torço pela música curitibana (a melhor do mundo), agora trabalho com rock e esporte, apresento programas de música e de esporte em rádio e televisão, torço pelo Coritiba, Paraná e Atlético. Faço teatro em Curitiba há 6 anos, torço pelo João Luis Fiani, Edson Bueno, Mauro Zanatta, Fátima Ortiz, Marco Zenni e todos os seus bons alunos, sempre dei espaços às bandas locais pelas rádios e tevês por onde passei, sem nunca obter negativa de diretorias às minhas solicitações, fiz projetos para as bandas locais, e hoje faço isso numa rádio que também sempre fez isso e parece que uns e outros fazem que não ouvem e fingem que não vêem.

Estou meio cansado, estou cada vez mais puto da vida de ajudar a cena, dar apoio às bandas, brigar por elas, tocar nas rádios em que trabalho e ler matérias em jornais que dizem que não toca banda local em rádio... talvez por não ter sobrenome importante, por não ser filho de gente graúda em Curitiba (se bem que meu pai foi o primeiro apresentador de telejornal na Tv Paraná Canal 6, isso pra mim é importante), ou por não ser rico, político, sei lá... mas eu sempre trabalhei pelas bandas de Curitiba e nem preciso dizer das coletâneas, do Arromba, de shows e de outras coisinhas que fiz junto com uns malucos a fim de apavorar a cena.

Tudo bem que exista o amor incondicional e eu amo esta cidade sem querer retorno (tenho um poema que diz: “nunca ganhei dinheiro ou fama por causa da musical música curitibana, mas sempre dei voz a quem berra”), mas também posso e me acho no direito de ficar “puto”. E a rádio em que trabalho (91Rock) também faz isso há tempos, portanto me dói pelos outros que também o fazem. E tem muita gente que faz isso aqui nesta cidade, mas não ganha os louros, os devidos créditos, ou pelo menos uma citação na lápide.

Meu nome é Mauro Mueller, atualmente faço teatro, música, trabalho em dois veículos de comunicação, entre eles, sou coordenador artístico da Rádio 91Rock e me sinto ofendido quando uma declaração mentirosa é feita em um grande jornal, como foi a matéria de meia página, assinada por Luiz Cláudio Oliveira, sobre lançamentos de álbuns, na Gazeta do Povo do dia 13 de outubro, quarta-feira, no Caderno G. E lembro que já mandei e-mail para esta mesma pessoa sobre este mesmo assunto há algum tempo. Mas, parece que você, Luiz, insiste em afirmar uma mentira destas.

Vários e vários músicos curitibanos dão entrevistas no 91Minutos, programa de segunda à sexta aqui na 91Rock, para falar de música, comentar o rock curitibano e para falar de discos, músicas, shows, movimentos e atividades. Todas as semanas temos convidados, gente como Zé Rodrigo, Paulo Juk, Fábio Elias, Carlos Gaertner, e muitos, muitos outros artistas locais que ficam uma, às vezes duas horas no ar.

Em vários horários da rádio, temos participação de músicos curitibanos, pois damos valor às cabeças pensantes locais. Com comentários, programetes, módulos, até para comentar jogos temos a participação de artistas curitibanos e ex-jogadores de Coxa, Atlético e Pr Clube.

Às vezes até de rádios concorrentes, mostrando que somos a fim de unir a cena. No fim do ano passado fizemos um especial em que participaram várias rádios FMs locais e shows ao vivo com as bandas Trapobanda, Relespública, Monster Jam e entrevista com a banda Mônaco Beach, churrasco e uma verdadeira confraternização de natal da música curitibana.

Quando o Ivo Rodrigues morreu, ficamos dando informações do velório, enterro, falamos ao vivo de lá, tocamos Blindagem toda hora e fizemos um especial com Zé Rodrigo, Rogéria Holtz, Rodrigo Vivás, Marcelus e o Blindagem. Fou uma hora ao vivo só com músicas do Blindagem, porque nós demos a verdadeira importância à carreira e a vida e obra dele, um artista acima da média, sensacional. Uma hora ao vivo tocando e falando da banda e da importância do Ivo Rodrigues na cidade, na história do rock curitibano e de como ele era nosso amigo.

Eu mesmo disse no ar que um planeta dentro de Curitiba morreu com a saída da Terra do Ivo do Blindagem.

Foi na semana do Dia Mundial do Rock.

Me ofereci e fui depor em favor da banda King Kong de Conga na justiça, contra o Tihuana, para provar que a música “pula” era plágio da música “pule” da banda local, pois acompanhei os lançamentos das duas músicas, desde o início. Sempre divulguei nas rádios em que trabalhei o andamento do processo. Tenho cópia em meu PC. Isto inclusive daria para fazer uma matéria enorme em seu jornal, porque a banda curitibana ganhou a ação movida na justiça e foi declarada a confirmação do plágio. Vitória para a criatividade curitibana.

Estamos esta semana começando a gravações de programas de auditório com artistas locais. Em novembro e dezembro, vamos fazer especiais de fim de ano com várias bandas locais que são executadas na programação normal da rádio.

Damos atenção para as bandas locais da mesma forma como damos atenção às grandes bandas nacionais e internacionais, executando durante os 7 dias da semana em horários nobres e demais horários da rádio.

Temos um programa maluco, bom demais, o Rádio Caos, que é inteiramente feito por músicos e artistas locais, pirando com poetas, contadores, músicos e suas músicas.

Hoje a Rádio 91Rock está apoiando a segunda edição do Kaiser Sound. Eu mesmo estou apresentando todos os eventos que desde o ano passado apóia a música curitibana. Com patrocínio e tudo. Você fala que música local não está tocando em rádios locais é porque não vive aqui, ou não ouviu somente para citar os últimos 3 anos a 91Rock!

Você não curte ouvir a rádio em que trabalho? beleza, mas ligue para nós e pergunte antes de publicar afirmando algo que você não sabe. TOCAMOS SIM. E muito. Estou aqui faz pouco mais de 3 anos e na coordenação artística desde março deste ano. E muito antes de eu entrar, já tocava som local aqui na 91Rock.

Só para te dar um pequeno levantamento diário sobre o mês de setembro/outubro:

DAS VELAS
DJOA
GARAGEMODERNA
MAGAIVERS
4 CANTOS
MOTOROCKER
NUVENS

Executadas em horários nobres da rádio: 1, 2, até 3 vezes ao dia.

Sem contar os grandes nomes da música local e que nós também rodamos de forma geral, como BLINDAGEM, SABONETES, BLACK MARIA, NO MILK TODAY, BEIJO AA FORÇA, RELES (é... ainda tocamos Reles), CORES D FLORES, ANACRÔNICA, NAMASTÊ, DJAMBI, TREM FANTASMA, só para citar alguns.

Então...
A 91ROCK TOCA BANDAS LOCAIS.

Desde muito antes da última vez que você escreveu em sua coluna.

Só fico aqui pensando: Por quê você não admite isso?

-----

Valeu, Mauro. Acho a tua manifestação muito importante. No dia em que receber mais umas três destas, vou acreditar que o rádio do PR toca as músicas do PR – e não é só porque são do PR, mas porque são boas.

Ah, e mande notícias sobre a programação da rádio que eu também publico (ou no blog ou na Gazeta)

Abraços

L.

P. S. só não ponho a tua opinião na íntegra na Gazeta porque minha coluna tem no máximo 4 mil caracteres


FONTE:
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo/

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Magic Kids: a reinvenção do surf pop


Por FERNANDO ROSA

Em todas as décadas e gerações, adolescentes se encarregam de redescobrir bandas e atualizar sonoridades clássicas. Uma dessas bandas que ressurgem de tempos em tempos é a americana Beach Boys, de Brian Wilson. Nos anos 70, por exemplo, os Ramones trataram de resgatar seu surf-pop-bubblegum, enquanto nos anos 80 emergiram via bandas de power pop. Sem falar dos vários tributos a Brian Wilson, com participação de artistas e bandas de vários gêneros, nos anos 90 e 00.

Agora, em pleno 2010, quando poucos imaginavam, uma banda de Memphis, Estados Unidos, novamente mergulha fundo no mundo dos “garotos da praia”. Trata-se do grupo Magic Kids, literalmente um bando de garotos, formado por Bennett Foster (vocal e guitarra), Will McElroy (teclados), Ben Bauermeister (bateria), Michael Peery (baixo e vocais), Alex Gates (guitarra e vocais) e Alice Buchanan (violino e vocais). O primeiro disco, batizado de “Memphis”, foi lançado pelo selo True Panther Sounds, em agosto deste ano.

O disco foi antecedido pelo single com a música “Hey Boy”, lançado em 2009, e incluída no set de “Memphis”, um hit poderoso que atraiu a atenção da mídia especializada. Mas, além de “Hey Boy”, o disco é uma obra-prima dos tempos modernos, não apenas reverencial às explícitas influências, mas com forte e atual sentido autoral. As canções, como “Candy”, “Superball” e “Good To Be”, poderiam integrar o set de qualquer discos de gente como Beach Boys, Jan & Dean ou outros heróis menores da surf music sessentista.

FONTE:
http://www.senhorf.com.br/agencia/main.jsp?codTexto=6094

LINK:
http://www.fileserve.com/file/RfUbgPb

Novo álbum do Red Hot Chili Peppers está quase pronto


Em entrevista ao site MusicRadar, o baterista do Red Hot Chili Peppers, Chad Smith, declarou que o novo álbum da banda já está quase pronto.

O sucessor de "Stadium Arcadium", de 2006, está sendo produzido por Rick Rubin e deve ser lançado no primeiro semestre do ano que vem.

"Nós já temos metade dele", disse o baterista. "Acho que gravamos umas 20 músicas até agora, e tem mais algumas ainda. Depois é só escupi-las para fazer o álbum melhor".

"Nós sempre cortamos muitas músicas, é assim que nós gostamos de trabalhar", disse. "Mas o novo álbum não será duplo como o 'Stadium Arcadium', isso eu posso te dizer".

O décimo álbum de estúdio da banda será o primeiro com o novo guitarrista, Josh Klinghoffer, que substituiu John Frusciante, que deixou o grupo no ano passado.

Smith adiantou ainda que a banda já tem festivais marcados para junho e julho do ano que vem, sem citar nomes.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/816674-novo-album-do-red-hot-chili-peppers-esta-quase-pronto-diz-baterista.shtml

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rolling Stones relançam 23 discos em vinil


Os fãs dos Rolling Stones já podem começar a guardar dinheiro. A banda, uma das maiores da história do rock, vai retomar sua trajetória na música relançando 23 álbuns em vinil.

Chegam às lojas no dia 23 de novembro, em edição limitada e com exemplares numerados, duas caixas com 23 discos originais remasterizados da banda capitaneada por Mick Jagger: The Rolling Stones 1964-1969 e The Rolling Stones 1971-2005.

A caixa que compreende os anos 60 traz, entre outras coisas, o primeiro lançamento da carreira dos Stones, o EP The Rolling Stones. O segundo box caixa conta com o clássico "Exile on Main Street" e vai até "A Bigger Bang", último disco de estúdio lançado por eles, passando por "It's Only Rock 'N Roll" (1974) e "Voodoo Lounge" (1994).

Esses 23 trabalhos fazem parte de uma extensa lista de lançamentos dos britânicos que, em quase 50 anos de carreira, são responsáveis por 29 álbuns de estúdio, dez discos ao vivo, 31 compilações, três EPs e 92 singles.

"Estamos honrados de continuar nossa campanha para preservar o legado dos Stones em material da mais alta qualidade para os fãs apreciarem", disse Bruce Resnikoff, president da Universal Music Enterprises (UMe).

Andrew Kronfeld, o vice-presidente executivo da Universal Music Group International e responsável pelo marketing internacional da empresa, comentou que o vinil fez parte da história dos Rolling Stones desde o início. "Essa é a melhor forma de ouvir a melhor banda de rock do mundo. Não há mais nada a dizer... apenas ouça", declarou.

sábado, 16 de outubro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO N° 350


1) ARCTIC MONKEYS – CRYING LIGHTNING
2) BIDÊ OU BALDE – BUDDY HOLLY
3) GIOVANNI CARUSO & O ESCAMBAU – AMOR EM SI BEMOL
4) MOPTOP – O ROCK ACABOU
5) KINGS OF LEON – RADIOACTIVE
6) SUPERGRASS – ALRIGHT

7) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
8) PATO FU – SONÍFERA ILHA
9) PLACEBO – YOU DON’T CARE ABOUT US
10) IDA MARIA – MORNING LIGHT
11) PELEBRÓI NÃO SEI – MAIS UM BLÁ BLÁ
12) SABONETES – HOTEL
13) PIXIES – WHERE IS MY MIND

14) SOUNDGARDEN – BLACK HOLE SUN
15) PEARL JAM – LAST KISS
16) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
17) ORQUESTRA CONTEMPORÂNEA DE OLINDA – LADEIRA
18) RELESPÚBLICA – NUNCA MAIS (AO VIVO)
19) IGGY POP – THE PASSENGER

20) ROLLING STONES – SWEET VIRGINIA
21) NEIL YOUNG – THE UNKNOWN LEGEND
22) CACHORRO GRANDE – A ALEGRIAVOLTOU
23) CARTOLAS – MEU BEM E O ASSOVIO
24) INTERPOL - BARRICADE
25) BRANDON FLOWERS - CROSSFIRE

Baixe o disco do Anacrônica


Música boa nunca sai de moda

O cineasta François Truffaut (1932-1984) esperava duas coisas de um diretor: que fosse, de fato, um artista, e que tivesse ambição. “Deus e os loucos” (Independente, 2009), álbum de estreia do Anacrônica, cumpre as duas expectativas. Morda ou assopre, o rock muitíssimo bem tocado – e nunca diluído – pelo quarteto curitibano ainda vai além. O fim da década tem, enfim, sua trilha sonora urbana, graças a Sandra Piola (voz), Bruno Sguissardi (guitarra e voz), Marcelinho (baixo) e Marcelo Bezerra “Gordo” (bateria).

O primeiro single, “Eles me querem assim”, foi apresentado com destaque no programa de rádio Loaded, o mais respeitado da cena independente. O videoclipe já está pronto para rodar na MTV Brasil. As viagens para Sul e Sudeste começam a virar rotina para a Anacrônica. “Está acontecendo como a gente sempre imaginou, aos poucos, e em função do empenho da banda e da força dos nossos sonhos”, comenta Sandra. Os sonhos têm nomes. São as canções de “Deus e os loucos”, como “O que será”, “Um Adeus” e “Vestígios”, além da já clássica faixa-título.

O álbum tem riff, quebradeira, groove, refrão, e, principalmente, verdade. “Gravar este álbum nos transformou, tanto do ponto de vista artístico quanto pessoal”, admite Gordo. Da pré-produção à finalização, mais de um ano se passou. A ansiedade do Anacrônica só foi contida pela convicção do resultado. Coube ao rigor do produtor Tomás Magno (Detonautas, Skank, Terminal Guadalupe) ajudar o quarteto a equilibrar influências de Los Hermanos, Supergrass, Cardigans, Red Hot Chili Peppers, MGMT, Raul Seixas, Legião Urbana e Beatles, o consenso interno.

“Tudo foi feito com muito cuidado”, reforça Marcelinho. As participações especiais confirmam. O tecladista Henrique Peters, da nova formação dos Mutantes, e o pianista Angelo Neto, da banda curitibana Sexofone, colaboram no disco da Anacrônica. Ruth Varella, que já trabalhou para R. Kelly e Smashing Pumpkins, dirige os vocais e assina a co-produção do álbum, gravado no Nico’s Studio, em Curitiba; mixado na Toca do Bandido, no Rio de Janeiro; e masterizado no Classic Master, em São Paulo.

Maturação

Foram quatro anos de trabalho duro até a banda chegar ao ponto de maturação de “Deus e os loucos”. Os curitibanos Bruno, Marcelinho e Marcelo Bezerra já tocavam juntos desde 2001, quando os dois últimos ainda tinham 14 anos. “Na época, me criticaram muito por tocar com dois guris”, lembra o guitarrista, ex-integrante do lendário grupo local Extromodos. Sandra, psicóloga, paulista de Garça, veio buscar a sorte em Curitiba e achou. Conheceu o trio por freqüentar os mesmos lugares. Em 2005, entrou para a Anacrônica. O resultado do processo criativo de lá para cá é apresentado no álbum que foi lançado no dia 5 de junho, no Jokers Pub Cafe, em Curitiba.

LINK:
http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/anacronica

Nova Rolling Stone nas bancas


Edição 49

Edição de Aniversário 4 Anos:

Wagner Moura - A Intimidade do Astro de Tropa de Elite 2; O que o Mundo Pode Esperar do Sucessor de Lula; Chuck Berry; Anderson Silva; Rush; e mais

Tom Morello pede para brasileiros apoiarem Dilma


O guitarrista do Rage Against the Machine, Tom Morello, declarou em seu perfil no Twitter que "Dilma Rousseff é uma candidata para os pobres, a classe trabalhadora e os jovens. É minha esperança que o povo jovem do Brasil a apóie".

O engajado músico esteve no Brasil esta semana para se apresentar com o RATM no festival SWU e se manifestou mais duas vezes a respeito de sua passagem pelo país no microblog. Primeiro escreveu: "Obrigado por fazer a gente se sentir tão bem-vindo".

Ele também comentou na sua conta no Twitter a polêmica acerca da interrupção da exibição do show no canal Multishow, da Rede Globo. Muitos atribuíram o corte ao fato de a banda demonstrar seu apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra: "Eu soube que a emissora cortou a transmissão quando coloquei o boné do MST. Isso quer dizer que estamos ganhando", contou o artista. Na mesma apresentação, o vocalista Zack de la Rocha dedicou a música "People of the Sun".

FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/tom-morello-pede-para-brasileiros-apoiarem-dilma-roussef/

Keith Richards diz em livro que Mick Jagger ficou "insuportável"


Por ANNA YUKHANANOV

O guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards diz em sua nova autobiografia que Mick Jagger se tornou insuportável com o passar dos anos e revela que chama o autoritário vocalista da banda de "Vossa Majestade" ou "Brenda".

O livro de memórias é repleto de referências a outras celebridades, desde Johnny Depp a John Lennon, mas é a dinâmica espinhosa entre Richards e Jagger que domina o volume de 527 páginas, que será publicado em fascículos no jornal The Times.

Richards, 66, conheceu Mick Jagger aos quatro anos de idade. Ele diz que não põe os pés no camarim de Jagger há 20 anos.

"Foi no início dos anos 1980 que Mick começou a ficar insuportável", escreve Richards na autobiografia "Life", que lhe valeu um adiantamento de US$ 7,7 milhões, após uma enorme briga de lances entre diferentes editoras.

Keith Richards e Mick Jagger foram dois dos membros fundadores dos Rolling Stones, em 1962, e compuseram os sucessos da banda, levando o grupo a ter vendas de mais de 200 milhões de álbuns em todo o mundo.

"Às vezes penso: 'sinto saudades de meu amigo'", escreve Richards. "Me pergunto: 'Para onde ele foi?'".

Mas o guitarrista disse ao Times que seu colega de banda leu o livro e pediu que fosse tirada apenas uma coisa: uma referência ao fato de Jagger ter um treinador de voz.

Richards se recusou, dizendo: "Estou tentando contar a verdade".

Com relação a Jagger, ele acrescentou: "Já tivemos nossas desavenças, mas quem não tem? Você tenta manter uma coisa unida por 50 anos", acrescentando que a banda estuda a possibilidade de sair em turnê outra vez.

"Acho que vai acontecer. Bati um papo com... Sua Majestade. Brenda."

A turnê mais recente dos Stones terminou em agosto de 2007, provocando as especulações de praxe sobre a possibilidade de não haver outras futuras.

VIDA REPLETA DE GRANDES NOMES

Keith Richards fala com igual franqueza sobre outras celebridades. Ele conta que durante muito tempo não reconheceu Johnny Depp, mesmo depois de o ator indicado ao Oscar ter passado um tempo com seu filho por dois anos.

"Então, um dia, ele estava conosco no jantar, e eu disse 'Epa! É o Mão de Tesoura!".

Depp, que fez o papel-título no filme "Edward Mão de Tesoura", de 1990, atribui a Keith Richards a inspiração para seu personagem Capitão Jack Sparrow nos filmes "Piratas do Caribe", e os dois estão no momento rodando o quarto filme da série, em que Richards retoma seu papel de pai de Jack Sparrow.

Richards também inclui algumas observações mordazes sobre John Lennon: "Johnny. Um tolo babaca, sob tantos aspectos", escreve. "Acho que John nunca saía de minha casa, exceto em posição horizontal."

Ele descreve como encontrou Lennon deitado ao lado da privada, dizendo: "Não me movam -- esses azulejos são lindos."

O próprio Richards é célebre por seu apetite insaciável por drogas, embora tenha aberto mão da heroína em 1978, após a quinta vez em que foi preso por uso de drogas, e tenha parado de usar cocaína depois de uma queda em Fiji, em 2006, o ter obrigado a passar por uma cirurgia cerebral.

O guitarrista disse que não se arrepende de suas façanhas.

"Eu adorava uma boa 'viagem'. E, se você continua acordado, você entende as canções que as outras pessoas deixam de curtir porque estão dormindo."

Durante sua época de viciado, nos anos 1960 e 1970, ele passou uma década na "Lista de Pessoas Com Mais Chances de Morrer".

"Bem, não estou colocando a morte em minha agenda", disse ele ao Times. "Não quero encontrar meu velho amigo Lúcifer por enquanto."

"Life" será lançado em 26 de outubro.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/815090-keith-richards-diz-em-livro-que-mick-jagger-ficou-insuportavel.shtml

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

No Age: barulhinho bom!


"Everything in Between" é o terceiro disco da dupla No Age. De Los Angeles, o No Age faz algo como um punk de garagem. Rodaram em turnê com o Sonic Youth, o que é uma boa credencial...

TRACKLIST:

1. Life Prowler (2:35)
2. Glitter (3:46)
3. Fever Dreaming (3:47)
4. Depletion (3:15)
5. Common Heat (2:25)
6. Skinned (2:33)
7. Katerpillar (1:28)
8. Valley Hump Crash (3:50)
9. Sorts (2:56)
10. Dusted (2:41)
11. Positive Amputation (2:50)
12. Shed And Transcend (3:18)
13. Chem Trails (2:54)

LINK:
http://www.fileserve.com/file/KsukRKE/No_Age-Everything_In_Between-2010-FNT.rar

"Somos anti-rock and roll", diz guitarrista do Pixies


Por BRUNO YUTAKA SAITO

A história do rock está repleta de azarados. Os "quase famosos" são uma vertente à parte. O mais famoso deles, o baterista Pete Best, saiu dos Beatles antes de a banda estourar. Hoje, o festival SWU recebe outro célebre representante dessa turma.

Ainda que reis do mundo alternativo, os norte-americanos dos Pixies serão sempre lembrados pelo grande público como "a banda que inspirou Kurt Cobain na criação de 'Smells like Teen Spirit' mas nunca ganhou muito dinheiro com isso".

A música, "o" hit dos anos 1990, impulsionou o último furacão na indústria fonográfica antes da era dos downloads ao superar nas paradas o então imbatível Michael Jackson e abrir espaço para o rock de garagem.

"Eu estava basicamente tentando copiar os Pixies", disse Cobain (1967-1994) à revista "Rolling Stone".

Enquanto o Nirvana vendia milhões de discos e se tornava uma das bandas mais populares do planeta, os Pixies lançavam discos elogiados pela crítica, mas naufragavam entre brigas internas e pelo desânimo de não "acontecerem". Encerraram as atividades em 1993.

"Não! Não, imagina!", responde rápida e enfaticamente o guitarrista do Pixies, Joey Santiago, 45, quando questionado se sente ciúmes do sucesso alheio.

"Como poderia sentir ciúmes? Como posso explicar.... Eu diria que nós ficamos à parte. Éramos um bando de esquisitos sem graça para a molecada", diz Santiago.

"Nós éramos muito honestos para não sermos do nosso jeito. Até hoje somos anti-rock and roll. Até nossos roadies aparentam ser mais roqueiros. Até nossos fãs são mais roqueiros!"

CULTO

O passar dos anos, no entanto, fez bem ao grupo. Viraram "cult", assim como Velvet Underground e Stooges, grupos que não atingiram sucesso comercial em seus dias, mas inspiraram inúmeros seguidores.

Weezer, Blur e Radiohead, além de vários outros que nunca saíram das garagens, devem algo aos Pixies. Foi a banda de Frank Black, Joey Santiago, Kim Deal e David Lovering quem tornou marca registrada a fórmula musical "parte calma/ parte pesada/ parte calma".

"Fico surpreso em ver nossa influência. Mas não foi por acaso. Trabalhamos duro para isso. Ensaiávamos o tempo todo", diz Santiago.

Em 2004, o Pixies resolveram voltar à ativa. Chegaram a tocar no Brasil, em Curitiba. Esta é a segunda vez deles no Brasil, a primeira em SP.

"Por que voltamos? Foi apenas porque teve interesse por parte do público. Foi uma correria para nos ver tocar", diz Santiago. O grupo, que não chegou a gravar disco novo, nunca escondeu que dinheiro foi uma das motivações para o retorno.

Atração do palco que terá tatuados, como Gloria e Incubus, os Pixies podem parecer ETs para o público mais jovem. Serão três tiozinhos e uma tiazinha que não se mexem muito no palco, com roupas "normais", daquelas de lojas de departamentos, a tocar músicas sobre OVNIs, alienígenas, Velho Testamento e temas surreais.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/812908-somos-anti-rock-and-roll-diz-guitarrista-do-pixies.shtml

sábado, 9 de outubro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO Nº 349


1) THE CLASH – LONDON CALLING
2) SEX PISTOLS – GOD SAVE THE QUEEN
3) FORGOTTEN BOYS – CINCO MENTIRAS
4) IDENTIDADE – DANCE
5) DISSONANTES – AMOR RETRÔ
6) FOO FIGHTERS – TIMES LIKE THESE
7) FRANZ FERDINAND – TAKE ME OUT

8) RAGE AGAINST THE MACHINE – KILLING IN THE NAME
9) RAGE AGAINST THE MACHINE – TESTIFY
10) MATANZA – O CHAMADO DO BAR (AO VIVO)
11) TEQUILA BABY – SEXO PÁSSAROS E ROCK & ROLL)
12) THE FEITOS – EU PERDI O AMOR PELOS MEUS DENTES
13) GOSSIP – LOVE LONG DISTANCE

14) KINGS OF LEON – RADIOACTIVE
15) ARCADE FIRE – MODERN MAN
16) VANGUART – ENQUANTO ISSO NA LANCHONETE
17) LOS HERMANOS – O VENTO
18) TERMINAL GUADALUPE – PERNAMBUCO CHOROU
19) BELLE AND SEBASTIAN – COME ON SISTER
20) BRANDON FLOWERS – CROSSFIRE

21) PARAFERNÁLIAS – CADILLAC
22) THE CROOKED VULTURES – BANDOLIERS
23) LED ZEPPELIN – ALL OF MY LOVE
24) CASA DAS MÁQUINAS - VOU MORAR NO AR
25) SUPERGUIDIS – NOVA COMPLETA
26) NIRVANA – SEASONS IN THE SUN

Liverpool celebra os 70 anos do mito John Lennon


Por CARMEN DE ÁGUEDA

Nada mais justo que Liverpool preparar uma série de homenagens especiais a John Lennon no dia em que os fãs celebram os 70 anos de nascimento do ídolo.

Um show beneficente, conversas com aqueles que conheceram o músico e uma festa de aniversário no emblemático Cavern Club são algumas das atividades que a cidade natal do ex-beatle pretende para celebrar a data.

Em 9 de outubro de 1940, Liverpool via nascer uma das mais notáveis e rebeldes personalidades locais, John Winston Lennon --o nome do meio em homenagem ao estadista Winston Churchill.

Locomotiva dos Beatles, Lennon levou sua genialidade poética e política a revolucionar a cena musical dos anos 1960 e 1970, apoiando-se em composições como "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love". E ídolo daria lugar ao mito quando, em 8 de dezembro de 1980, levou cinco tiros do fã Mark David Chapman ao chegar em casa, em Nova York.

As homenagens se sucedem pelo mundo em 2010. Neste ano redondo, quando são lembrados os 70 anos de Lennon, três décadas de sua morte, meio século da formação dos Beatles e 40 anos do fim da banda, Liverpool anda agitada e busca mostrar o que só essa cidade conhece: as origens de um dos mais brilhantes músicos do século 20.

As celebrações começam neste sábado no Cavern Club, com uma festa de aniversário para a qual os ingressos já esgotaram.

Nesse bar, entre 1961 e 1963, os Beatles fizeram cerca de 300 shows nos quais começaram a dar fama a canções como "She Loves You". Foi lá onde conheceram Brian Epstein, o cérebro empresarial da banda.

Um mês antes de viajar aos Estados Unidos pela primeira vez, em agosto de 1963, os Beatles se apresentaram pela última vez no lendário pub com a promessa de retornar algum dia.

A fama os impediu de voltar a esse palco, mas a escultura de um jovem Lennon na entrada do clube lembra que os Beatles nunca chegaram a abandonar totalmente Liverpool.

Antes de se tornar um beatle, Lennon iniciou seus estudos de belas artes em 1957, na escola de arte e desenho da cidade, a atual Universidade John Moores, que nas próximas semanas receberá uma série de exposições com obras do artista.

Lá será enterrada uma das três cápsulas do tempo com gravações do músico, desenhos e algumas lembranças, destinadas a preservar o legado do ex-beatle para as próximas gerações ou, pelo menos, até sua abertura, prevista para 2040, no centenário do músico.

As celebrações do aniversário de Lennon contarão também com a presença de Cynthia Powell, primeira esposa do cantor, e de Julian, filho de ambos. Os dois vão inaugurar o monumento Peace & Harmony, uma escultura do artista Lyle London.

Julian e Cynthia, da qual Lennon se separou em 1968 após iniciar seu romance com Yoko Ono, organizaram a exposição "White Feather: The Spirit of John Lennon", com objetos que, segundo o próprio Julian, "repassam a íntima e emotiva história da família".

Os lugares que marcaram a infância e adolescência de Lennon, como o colégio onde estudou e a casa onde foi criado pela tia Mary "Mimi" Smith, que tomou conta do garoto John quando ele tinha cinco anos, poderão ser visitados nos próximos dois meses.

Conferências de familiares e amigos do ex-beatle, um festival de cinema e um sarau de poesia completam o programa de atividades em homenagem a Lennon, que serão encerradas com um grande show.

Ainda não se confirmou quais artistas participarão do tributo musical que acontecerá no Echo Arena de Liverpool, onde são esperadas mais de 11 mil pessoas, mas os organizadores já estimam que "Lennon Remembered" será "uma noite emotiva e inesquecível" para os fãs do músico.

O show ocorrerá no dia 9 de dezembro, data em que se completam 30 anos e um dia do fatídico tiroteio que acabou com a vida de Lennon quando o artista voltara para seu apartamento, no edifício Dakota, em frente ao Central Park em Nova York após conceder entrevista para uma emissora local.

O assassinato ocorreu semanas depois da publicação do disco "Double Fantasy", que significou seu retorno ao panorama musical após um intervalo de cinco anos para criar seu segundo filho, Sean Ono Lennon.

No dia em que morreu, Lennon em Yoko Ono tinham protagonizado uma sessão de fotos a cargo da fotógrafa Annie Leibovitz, quem os retratou em uma cama, com Lennon nu, em posição fetal e abraçado a Yoko. Em 22 de janeiro, a instantânea foi capa da revista "Rolling Stone" e se transformou no símbolo do fim de uma era e do começo de um mito.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/812400-liverpool-celebra-os-70-anos-do-mito-john-lennon.shtml

Saudade reuniu outra vez o Rage Against The Machine


Por DANILA MOURA

SWU Na ativa desde 1991, o Rage Against The Machine conseguiu mobilizar o público para baixar o hit "Killing in the Name", do primeiro álbum, e manter a música no topo das paradas do Reino Unido, no ano passado, em protesto aos programas pop de calouros.

Os brasileiros poderão sentir o gosto ácido das letras da trupe do vocalista Zack de La Rocha no SWU, além de ouvir os riffs sem sintetizadores de Tom Morello, 46. Em sua primeira vez no Brasil, Morello falou à Folha.

Folha - Qual guitarrista lhe serviu de inspiração?
Tom Morello - Fui influenciado por grupos como Sex Pistols e The Clash. O som deles era poderoso, mas, ao mesmo tempo, acessível. Os meus favoritos ainda são os caras que tocavam quando eu era jovem, como Randy Rhodes (ex-Ozzy Osbourne) e Steve Vai.

Qual guitarrista da atualidade você mais admira?
Eu curto muito o Jack White (White Stripes e Racounters) e o Matthew Bellamy, do Muse.

Você faz muito sucesso no "Guitar Hero", videogame que tem músicas do RATM. Joga?
Não sou muito bom nisso. Várias criancinhas são capazes de me dar uma surra com meu avatar. É um tanto constrangedor! (risos).

A banda já ficou nua em protesto. Hoje, usa o Facebook para mobilizações. Os protestos amenizaram?
Sempre fomos uma banda que lutou contra certas autoridades, seja qual for o papel anterior ou atual do governo. E nossos fãs sempre corresponderam ao fato de sermos uma banda inspirada.

Por que nunca se apresentaram na América do Sul?

Cancelamos diversas viagens à América do Sul por razões adversas. Sempre foi importante cumprirmos a promessa de tocar no Brasil. Não vemos a hora de conhecer nossos fãs daí!

Em 2000, Zack de La Rocha saiu da banda por falta de afinidade. O que mudou?
Ficamos separados por mais de sete anos e voltamos a tocar juntos porque sentimos saudade uns dos outros. Não só musicalmente, mas em relação à amizade.

A banda tem planos de gravar um novo disco?
Não há planos, mas estamos abertos para criar músicas juntos novamente.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/812199-saudade-reuniu-outra-vez-o-rage-against-the-machine.shtml

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Metallica: novo EP gravado ao vivo no "Grimey"

O Metallica publicou uma nota no site oficial falando sobre o lançamento de mais um EP exclusivo, que estará disponível apenas para 700 varejistas dos EUA.

O EP inclui nove músicas de um show que aconteceu na tarde de 12 de junho de 2008 no porão de uma loja de discos chamada “Grimey” em Nashville, Tennessee, para membros do fã-clube do Metallica e alguns amigos, e faz parte da série “Live At Grimey”.

Esse lançamento vem em forma de CD e em vinil com capa dupla.

Segue a lista completa de faixas do "Live At Grimey”:

01. No Remorse
02. Fuel
03. Harvester of Sorrow
04. Welcome Home (Sanitarium)
05. For Whom the Bell Tolls
06. Master of Puppets
07. Sad But True
08. Motorbreath
09. Seek And Destroy

Google britânico faz homenagem ao aniversário de John Lennon


O Google está fazendo nesta sexta-feira uma homenagem a John Lennon. Se ainda estivesse vivo, o ex-beatle estaria completando 70 anos neste sábado (9).

Em seu endereço britânico, o site de buscas adicionou um desenho do rosto do músico ao seu logo. Ao lado, o logo traz um botão que, quando clicado, torna todo o logo torna animado e toca um trecho da música "Imagine", um dos grandes clássicos da carreira solo de John Lennon.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/811780-google-britanico-faz-homenagem-ao-aniversario-de-john-lennon.shtml

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Chess e Matador, duas gravadoras que fizeram história


Por KID VINIL

As gravadoras independentes sempre desempenharam um papel importante para o rock. Dois grandes selos são homenageados através de caixas com vários CDs contando um pouco de suas histórias.

A Chess Records, uma gravadora de Chicago, foi pioneira no rock and roll. O registro do primeiro rock gravado foi por esse selo em 1951, com a música “Rocket 88”, de Jackie Brenston e a banda de seu primo Ike Turner (aquele mesmo que mais tarde se casou e formou dupla com Tina Turner). O grupo se chamava The Kings of Rhythm. A gravação foi feita no Sun Studios, que pertencia a Sam Phillips, o mesmo que mais tarde descobriria Elvis Presley.

Esse foi o começo da história do rock, num selo que pertencia a dois judeus, Leonard e Phill Chess. A princípio, os irmãos descobriram os grandes nomes do blues como John Lee Hooker, Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Willie Dixon e Sonny Boy Williamson II.

A história continuou com Chuck Berry, que em 1955 – por sugestão de Muddy Waters – foi conversar com Leonard Chess para ver se conseguia gravar em seu selo. Em uma audição, Chuck Berry mostrou uma música chamada “Ida Red” e foi para o estúdio gravá-la. Rebatizada como “Maybellene”, a faixa foi lançada em 1955 e acabou no topo das paradas, sinalizando um futuro brilhante para Chuck Berry e para o rock and roll. Outro pioneiro na Chess Records foi Bo-Diddley, um músico do Mississipi que fez sua primeira gravação também em 1955, com a música “Bo-Didley”, e marcou seu estilo com o famoso som das maracas de Jerome Green.

A Chess Records existiu como gravadora no período de 1947 a 1975 e foi parte integrante da trajetória do blues, do R&B, rock and roll, doo wop, gospel, soul e jazz. Nela, Bo-Didley e Chuck Berry registraram seu maiores clássicos. Etta James – a primeira rainha da soul music – também começou ali, assim como Laura Lee e Irma Thomas. Lançaram clássicos do rock como “Suzie Q”, originalmente gravada por Dale Hawkins em 1957, mais tarde regravada pelos Rolling Stones e pelo Creedence Clearwater Revival. Aliás, os Stones têm na Chess Records sua maior fonte de informações e influências. Se interessar ter em sua estante esse testamento em forma de livro com quatro CDs, procure “A Complete Introduction To Chess” aqui.

Avançando algumas décadas na história do rock encontraremos o selo Matador Records, uma gravadora nova-iorquina que está completando sua maioridade oficial, 21 anos. Para comemorar essa data, a Matador lança uma caixa com seis CDs chamada “Matador at 21”.

Fundado em 1989, por Chris Lombard e Gerard Cosloy, o selo se tornou uma das maiores referências para o indie rock dos anos 90, até os dias de hoje. Seus primeiros contratados foram bandas como o Superchunk, um grupo da Carolina do Norte que ainda está na ativa e acaba de lançar o excelente “Majesty Shrediing”, por um selo chamado Merge Records, que também tem uma trajetória bem parecida com a da Matador. Os grupos que ficaram mais conhecidos durante a década de 90 pela Matador foram sem dúvida o Pavement, John Spencer Blues Explosion e Yo La Tengo.

Por lá, também passaram os cultuados Guided by Voices, Liz Phair e a fabulosa Chan Marshall e seu Cat Power. A Matador serviu de abrigo e plataforma de lançamento de bandas japonesas como Pizzicato Five, Guitar Wolf e Cornelius. No final dos anos 90, ainda lançou nos Estados Unidos a banda britânica Belle & Sebastian.

Gostaria de acrescentar que nesse caso tenho uma história pessoal com a Matador. Em 2000, estava no cargo de gerente internacional da Trama e viajamos eu e mais um outro diretor artístico da gravadora para Nova York, a fim de negociarmos o catálogo da Matador para ser lançado no Brasil. Naquela época, poucos conheciam por aqui a fama da Matador como a mais promissora das gravadoras independentes americanas. Para mim foi um verdadeiro desafio convencer os diretores da Trama a representarem os caras em nosso país.

O catálogo da Matador não era pra qualquer ouvido, pois além de “cult”‘ tinha o ingrediente da música mais anarquista do final dos anos 80 que aglomerava estruturas confusas do pós punk, agregadas àquilo que convencionaram chamar de “lo-fi” (gravações rudimentares e bem distantes de qualquer mega produção). Para muitos, soava como uma anti-música, depois de toda aquela parafernália tecnológica lançada nos anos 80.

Um momento que nunca esqueço foi quando eu e esse amigo fomos ao show da Cat Power em Nova York e na segunda música ele disse: “Chega!, vamos embora! Não agüento mais esse povo brincando de fazer música ao contrário”. O mesmo aconteceu quando ele recebeu um CD do Belle & Sebastian e ameaçou jogá-lo pela janela.

É verdade, a Matador era um selo pra poucos ouvidos, os mais antenados eu diria. Na reunião para convencer o dono da Trama, para minha sorte tinha o João Marcelo Bôscoli do meu lado, que acreditava nas minhas buscas por novos selos e numa nova música. Daí , consegui convencer o André que seria importante para a Trama assinar com uma gravadora como a Matador.

Lançamos quase todo o catálogo da gravadora, foi uma ousadia, mas contrariando o que muitos pensavam, conseguimos bons resultados de vendas e acima de tudo um status de gravadora independente para a Trama que naquele momento representava um dos mais importantes selos do indie rock americano. Aquele mesmo Belle & Sebastian que meu amigo quis atirar pela janela vendeu quase 100 mil cópias. Num país em que o pagode e o axé dominavam as vendas no início de 2000, isso é uma grande façanha e mais uma prova de que existe um público interessado no rock independente.

A Matador continuou sua busca por novos talentos nessa nova era, vieram Interpol, Mogwai, The New Pornographers e pós Pavement a carreira solo de Stephen Malkmus. Nos últimos dois anos, integraram o time de artistas os veteranos do Sonic Youth, os novatos do Fucked Up, Ted Leo & the Pharmacists, Jay Reatard, Times New Viking e Cold Cave. A cada dia que passa a Matador tem sempre uma novidade para nos apresentar, é só acessar o site deles e conferir o que há de novo na cena indie.

Na semana passada, a Matador celebrou esse aniversário de 21 anos com um grande show em Las Vegas, onde tocaram Sonic Youth, Pavement, Cat Power, Superchunk, Yo La Tengo e Guided by Voices, dentre outros.

FONTE:
http://colunistas.yahoo.net/posts/5522.html

David Bowie em tributo e relançamento


Por KID VINIL

Eu pertenço a uma geração que veio do rádio, de uma época que as novidades chegavam através de suas ondas. Não é à toa que o filme da minha vida é “A Era do rádio”, de Woody Allen. David Bowie apareceu na minha vida através do rádio e a história que vou contar a seguir serviria até de roteiro para Woody Allen, se seu filme chegasse até a década de 70.

Era uma noite chuvosa em 1972 e meu contato com o mundo era o rádio de um fusquinha que pertencia ao meu irmão mais velho. Naquele momento sintonizava uma rádio paulista chamada Excelsior, onde a radialista e DJ Sonia Abreu fazia a produção de um programa apresentado por Antonio Celso, uma das mais belas vozes do rádio brasileiro. Naquela noite, Sonia escolheu dois lançamentos, eram: T Rex, Electric Warrior, e David Bowie, The Rise and Fall Of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars. Durante o programa, o locutor falava sobre o lado bruxo de Marc Bolan e também sobre o personagem andrógino mutante de David Bowie em sua encarnação daquele rock star alienígena Ziggy Stardust. Aquele momento era uma revelação na minha vida, enquanto a tempestade caia lá fora, raios cortavam os céus, eu naquele fim de mundo dentro do carro com o rádio no máximo volume, não tinha muita escolha, ou desligava o rádio pra não morrer eletrocutado por um raio ou continuava naquela viagem intergaláctica com T Rex e David Bowie. Claro que resisti aos trovões e arrisquei até o final para não perder nenhum momento daquela avalanche sonora.

Esse é mais um daqueles momentos marcantes da vida que a gente nunca esquece, dada a importância de uma grande descoberta. A partir daquele instante, o mundo me abriu as portas para o espaço sideral até então ocupado por David Bowie, “O homem que caiu na Terra” (título do primeiro filme com David Bowie).

Claro que o fundo musical para esse texto, nesse momento, é o álbum Ziggy Stardust, um dos discos que mais ouvi em toda minha vida. A partir desse trabalho de Bowie comecei a vasculhar sua carreira, voltei alguns anos atrás e descobri Space Oddity, de 1972, Hunky Dory, de 1971 e o fabuloso The Man Who Sold The World, de 1970.

Logo na sequência de Ziggy Stardust ele vem com outra obra-prima do glam rock que foi Aladdin Sane, um disco diferente do anterior, onde as guitarras de Mick Ronson dominavam. Dessa vez, o guitarrista dividia com o piano de Mick Garson os arranjos que tinham até pitadas de jazz e música de cabaré. Essa fase glam de David Bowie é uma das mais fascinantes do camaleão e ainda gerou o álbum de covers Pin Ups, e depois a primeira mudança para “Diamond Dogs” onde Bowie se desliga do grande guitarrista Mick Ronson e dos Spiders from Mars e parte para experiências com novos músicos. Eu, como fã incondicional da guitarra de Mick Ronson e de seu estilo inconfundível, lamentei demais naquela época e, como todo fã da era Ziggy Stardust, custei muito para me adaptar às diversas transformações de Bowie.

Em 1975, Bowie lança Young Americans, onde ele resgatava influências do funk e da disco music, foi pior ainda pra mim… De repente, do subúrbio londrino ele foi parar em Long Island, uma mudança drástica de estilos. O auge dessas transformações veio através de um de seus discos mais criativos dessa fase, Station to Station, de 1976, onde Bowie já demonstrava maturidade e criatividade na mistura de elementos mais dançantes e ao mesmo tempo já flertava com o krautrock do Neu! e do Kraftwerk, que acabaram desaguando em sua fase Berlim em três discos clássicos: Low (1977), Heroes (1977) e Lodger (1979).

Agora, o álbum Station to Station acaba de ser relançado em grande estilo, uma versão com três CDs e uma caixa contendo 3 Lps, 5 CDs e um DVD. É claro, essas bobagens são itens de colecionadores e fãs como eu, que gastam os tubos para ter a obra completa de um artista como Bowie, no formato físico e nos detalhes de capas, encartes, faixas bônus e fotos inéditas.

Além desse item de colecionador, também está sendo lançado o tributo We Were So Turned On: Tribute to David Bowie. Essa não é a primeira vez um tributo em homenagem ao roqueiro é lançado, eu conheço pelo menos uns dez discos já lançados com bandas homenageando Bowie. É impressionante como o DNA de Bowie continua presente em cada passo de cada nova geração da música. Foi assim desde o final dos anos 70, quando o punk rock e a new wave resgataram o glamour de Bowie da maneira mais decadente possível, naquele momento de declínio do império britânico. Isso me fez lembrar do filme “Jubilee” de Derek Jarman, de 1978, que retrata bem esse momento dos filhos bastardos de Bowie. Nessa edição do NME, a nova geração, como o vocalista Brandon Flowers do Killers e Alex Kapranos do Franz Ferdinand, ressaltam a importância de Bowie nas suas vidas e na formação musical de cada um deles.

Foi por essas e outras razões que uma série de novos artistas se reuniram nesse novo tributo a David Bowie, um disco beneficente, cuja renda vai para a instituição War Child. O destaque são os novatos e promissores como Warpaint, uma banda de garotas californianas que fizeram uma releitura espetacular de “Ashes to Ashes”, que fez parte de outra obra-prima de Bowie na virada dos anos 80, o álbum Scary Monsters. Mas tem a presença de veteranos como o Duran Duran, uma das bandas da new wave e da era new romantics mais escrachadamente influenciada por Bowie.

O tributo vem no formato de dois CDs e traz também a nova geração de bandas de Nova York como Vivian Girls, A Place to Bury Strangers e Chairlift, e mais uma série de novas bandas e intérpretes da cena indie rock. Tá certo, tributos são apenas homenagens, não passam disso, pois o mais difícil é fazer melhor ou superar as gravações originais de Bowie, mas valem pela intenção.

Às vezes fica até difícil enumerar a quantidade de bandas influenciadas por Bowie, de repente me vem à cabeça Bauhaus e Japan e nos anos 90, dentre muitas, o Placebo. Bowie declarou ser grande fã do trabalho de Brian Molko e mais recentemente dos canadenses do Arcade Fire. É como alguém disse: “Bowie continua mais influente do que nunca nessa nova geração, um artista sem prazo de validade”.

FONTE:
http://colunistas.yahoo.net/posts/5373.html